domingo, 16 de novembro de 2008

Será que ele voltou?

Saudações a todos internautas e bloggeiros. Inauguro hoje minha contribuição para o nosso blog que tem como objetivos manter bem informados todos os aqueles que acompanham o esporte e iniciar estes bloggeiros que vos falam no mundo do jornalismo esportivo. Mais uma vez, sejam bem vindos!
Mais deixando de blá-blá-blá, minha motivação para finalmente iniciar minha participação neste blog é uma partida que assisto no exato momento em que escrevo esta matéria. Inclusive, o resultado da batalha não está nada definido. Trata-se do duelo entre Roger Federer e Andy Murray pelas semifinais do Master Cup de Xangai. Partida antológica. Desde a final de Wimbledon deste ano não via o suíço jogar tanto tênis. Muito embora tenha sido derrotado pelo espanhol Rafael Nadal. Mesmo na final do US Open em que Federer devolveu a derrota a Nadal, sua atuação não foi tão empolgante como a que vejo agora.
E convenhamos senhores, estamos no final de temporada, quando o desgaste físico dos atletas é o maior possível. Prova disso é a desistência de Nadal, número 1 no ranking da ATP e líder absoluto na corrida dos campeões de 2008, de participar do Master de Xangai e da final da Copa Davis contra a Argentina. Nós é quem lamentamos, já que depois dessa colher de chá nossos hermanos tem muito mais chances de alcançarem seu pleito.
Mas vamos de fato à partida. Federer ganha o primeiro set com um tênis de alto nível jogado, tanto por ele quanto pelo seu adversário inglês, que desbancou David Ferrer e hoje se encontra em quarto no ranking, lugar de destaque considerando-se que a sua frente estão apenas Nadal, Federer e Djokovic.
Mas o segundo ser foi sem dúvidas atípico. Com Murray fazendo 5x2, mas sem pressionar o suficiente para fechar o set, Federer responde com a autoridade de quem foi o número 1 por mais tempo na história. Com muitos pontos conquistados em subidas na rede, que proporcionaram belíssimos voleios e smashes, e resistindo às bolas atacadas em sua esquerda, Federer vira e faz 6x5. No entanto, o inglês, que parecia em transe, acordou e consegue fechar o site no tai break por 7x3, com muita categoria.
O último set foi emocionante. Mesmo com todo o desgaste, a agilidade dos tenistas e as bolas salvas que pareciam impossíveis surpreenderam inúmeras vezes a torcida chinesa, que empolgada, manifestava-se claramente a favor do suíço. Murray começa fazendo 3x0, mas novamente Federer se recupera e faz 3x3. Daí em diante cada tenista confirma seu saque até que a partida chega a 5x4 para o inglês. Murray tem 7 match points, todos salvos por Federer que vence o incrível game. Murray confirma seu game e faz 6x5. Em seu saque, apesar de toda garra, Federer parecia não ter mais energias contra Murray, que estava claramente melhor fisicamente e conseguiu manter o psicológico inteiro para vencer o suíço no oitavo match point.
Como disse, quando comecei a escrever o artigo, o jogo ainda não havia acabado. O título da matéria reflete minha dúvida e torcida. Mas não é essa derrota que confirma ou desconfirma uma nova boa fase de Roger. Os 65 erros não forçados dizem algo para um atleta que não errava. Mas é compreensível que depois de se manter no topo por mais de quatro anos, seria difícil para qualquer atleta não passar por uma fase de relaxamento. Ainda mais com a ofensiva de um Rafael Nadal, que impressiona, ou mesmo de um Novak Djokovic, que vem com vontade e é, para mim, o principal candidato ao título da Master de Xangai.
Mas fiquem de olho, pois depois dessa vitória, Murray ganha muita força para brigar pelo título. E para crescer na temporada 2009. Mas o que não dá é pra perder as semifinais do Master de Xangai, em que Murray enfrentará Davydenko e Djokovic pega Gilles Simon.

Ciro Matsui Jr.

Daniella Cornachione - Revisora

Nenhum comentário: